Saiba um pouco mais do romance a ser lançado pela Editora Gutenberg na Bienal de SP em 2012!
Era começo de 2007, e eu estava trabalhando em mais uma das muitas revisões pelas quais o “Todas as estrelas do céu” passou nos seus onze anos em busca de uma editora. Meu primeiro livro publicado, “Propaganda e Marketing para vestibulandos, calouros, curiosos e simpatizantes” (Ed. Novas Idéias, 2006) havia sido lançado meio ano antes, em Paraty. Eu passara o reveillon no Rio de Janeiro, estava naquele show do Black Eyed Peas em Ipanema, e lá conhecera cinco meninas muito interessantes: Eva, Dodo, Cami, Guga e Dani. As duas primeiras francesas, as três últimas colombianas, todas amigas que haviam se conhecido num intercâmbio em Buenos Aires. O sonho delas de conhecer o Rio de Janeiro havia se realizado com o convite de um grande amigo meu, o André, que também estivera em Buenos Aires. Convivi com elas – em idas e vindas, pois eu estava voando naqueles dias, mas pernoitei no Rio e tive algumas folgas também – durante mais de uma semana. E percebi o potencial daquelas meninas para serem personagens de um livro. Eu ainda não sabia muita coisa sobre meu próximo romance, e resolvi começá-lo por elas. A vida separou-nos a todos, e embora eu tenha ido a Bogotá várias vezes depois, não vi mais as colombianas, e embora tenha voltado muitas vezes a Buenos Aires, não mais encontrei as francesas. Até o André, um dos meus melhores amigos – “irmão gêmeo mais novo”, como ele gosta de dizer – perdi de vista nos últimos tempos por estes percalços de tempo e espaço aos quais estamos sujeitos.
O ritmo da vida de um tripulante é alucinante. Não somos melhores que ninguém, nem piores. Mas nosso trabalho exige isso. Essa velocidade, essa mobilidade, e por mais vantagens que existam em conhecer uma centena de cidades em duas dezenas de países, os sacrifícios são muitos. Enquanto escrevia “Três Céus”, presenciei o maior acidente da história da aviação brasileira de perto o suficiente para sentir o calor do fogo no meu rosto; encontrei o amor da minha vida que agora é minha esposa; digeri a perda de colegas; vivi a fusão de uma empresa gigante com outra de importância histórica inegável; vi neve pela primeira vez; passei a Páscoa longe de casa pela quarta vez; fiz malabarismos pra ver minha família no Natal pela quinta vez; realizei o sonho de estudar e tornar-me elemento credenciado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Força Aérea e o pior golpe de todos, perdi meu ídolo maior, meu pai, que morreu poucas semanas após a conclusão do primeiro original de “Três Céus”, e cuja doença e a internação dolorosa, acompanhada de longe por mim, que o vi bem menos do que desejei por estar voando boa parte do tempo, fizeram parte dos últimos meses de escrita do livro.
A aviação está no meu sangue, desde muito cedo fui apaixonado por aviões, e migrar da publicidade para o trabalho a bordo de um Boeing 737 Next Generation foi algo inevitável e de certa forma, uma espécie de “must do” da minha vida. Conheci centenas de pessoas incríveis, que dedicam suas vidas, seus finais de semana, feriados e madrugadas a levar com segurança seus passageiros aos seus destinos. Salvo raríssimas exceções, é um grupo de pessoas maravilhosas, que assim como eu, amam voar. “Três Céus” é uma ode a estas pessoas e às minhas mais de 5 mil horas de voo.
Meses após eu terminar de escrever “Três Céus”, o “Todas as estrelas do céu”, que já vnha de uma campanha de divulgação na internet de quase um ano, foi publicado pela editora Novas Ideias, selo da 2AB, e a maior parte de vocês me conheceu graças a ele. Com o sucesso do “Todas”, e com o carinho que construímos no ano seguinte graças também ao projeto Novas Letras, o “Três Céus” foi se aproximando da sua vez de brilhar. Priscila Braga, minha leitora e amiga das mais elétricas, sugeriu e montou a campanha que depois veio a angariar centenas de pessoas e milhares de menções. Etiene, Tati, Leninha, foram muitas as pessoas – e estou sendo injusto por não citar todas aqui – que apoiaram a campanha, algumas delas receberam o manuscrito, e seis resenhas valiosas foram postadas na internet pela Priscila, pela Lena, pela dal Chico, pela Liv, pela Lis e pela Mary Paixão, para vocês saberem o que lhes esperava no livro seguinte ao “Todas” e pra eu saber o que melhorar nele antes mesmo da proposta de uma editora. E vieram muitos pedidos de editoras pra analisar o livro, e em seguida algumas propostas, e 2011 foi um ano que balançou entre o marasmo de meses sem notícias e semanas de esperança e desilusão. No fim, prevaleceu o que aprendi com uma escritora amiga minha chamada Drica Pinotti. “Quando elas querem, elas querem.” A Gabriela Nascimento, da Gutenberg, me procurou para conhecer o livro. Chegamos nos termos ideais para ambos em poucos dias, e agora, oficialmente, posso contar para vocês que serei sim colega da Paula Pimenta. A Gutenberg está preparando um ano de 2012 bastante especial para os autores nacionais e eu tenho orgulho de fazer parte deste time, que podem ter certeza, fará muito barulho antes, durante e depois da Bienal de São Paulo! Meu muito obrigado a vocês todos que apoiaram a campanha, ao meu amigo Comandante Danilo, que fez a revisão técnica do “Três Céus”, à Fernanda França, que fez a última revisão antes da aprovação do livro, à minha tia Mara, à Dea e à Vê, que leram antes de todo mundo e claro, à Gabi e à Gutenberg, por acreditarem no “Três Céus” tanto quanto eu sempre acreditei!
Enquanto eu escrevia este post, a escala de voos me ligou: tenho que me arrumar pois mais tarde vou ao Rio de Janeiro e volto: faço duas pernas de ponte aérea. Mas isso tudo vocês entenderão quando o “Três Céus”, no qual já estamos trabalhando desde já, chegar às livrarias.
Fiquei tão feliz com a notícias de divulgação, vc nem imagina o quanto!
ResponderExcluirUma luta que com certeza trará mil alegrias!
Três Céus com certeza vai ser um grande sucesso, não só de vendas, mas de fãs e apaixonados pelos protagonistas!
beijão!
Ende,
ResponderExcluirNem tenho palavras para dizer o quanto fiquei feliz por você!
Sei o quanto você lutou para ver o Três Céus publicado e sei o quando ele merece chegar nas mãos de muitos leitores.
Bora fazer barulho com as novidades!!!
Bjs
Mari
Ende, meu amigo, estou tão feliz por ter acompanhado de perto essa linda história! Parabéns a você pela conquista e parabéns para a Gutenberg, por ter você. Obrigada por me citar aqui (fiquei emocionada) :õ) Conte sempre comigo para ler todos os seus livros ;o)
ResponderExcluirUm beijo,
Fê.
Parabéns meu amigo, vc é um autor que merece. Sua paixão pelo que faz é notória e com certeza vai influenciar uma multidão de novas leitoras. Quero ir no lançamento hein! Sucesso e voe longe!
ResponderExcluirLycia Barros
Parabéns, Ende! Muuuuuuito feliz por você. Na torcida pelo sucesso, que com certeza será.
ResponderExcluirBeijos,
"Leiloca"
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Enderson!
ResponderExcluirSou uma das suas fãs que estão devorando o "Três Céus", e devo dizer, estou até com dó! Não tem como parar de ler, mas também não quero que a história acabe.
Seu livro está sendo de grande inspiração para mim, comprei ele voltando de CWB, logo após que passei na minha banca da ANAC para comissário de voo. Cada página que leio, o meu amor e a minha vontade para seguir a profissão aumentam!
Posso dizer que você está tornando o amor de muitos comissários e futuros comissários cada dia maior.
Admiro muito o seu trabalho e sua história, parabéns!
Att,
Carolina Silvestre.