Todos sabem da minha cruzada pela valorização da literatura contemporânea nacional, eclipsada com folga pela profusão desenfreada de títulos estrangeiros. No entanto, nada tenho contra quem lê os estrangeiros em sua língua original - e mesmo quem lê os estrangeiros traduzidos sem com isso desprezar os nacionais que estejam à altura, e acho que sim, o que há de melhor de qualquer lugar deve chegar aqui sim. Este é o caso, na verdade, este título se sobrepõe à grande maioria dos estrangeiros que estão nas estantes brasileiras, e por isso, merece ser lido.
Minha história com "Looking for Alaska" começa com Kari Aguiar, uma leitora do meu livro, que um belo dia postou o seguinte trecho na internet:
"'What did you say?'I asked, walking to her, putting my hand on the small of her back.
'Shhhh', she said. 'I'm sleeping.'
Just like that. From a hundred miles an hour to asleep in a nanosecond. I wanted so badly to lie down next to her on the couch, to wrap my arms around her and sleep. Not fuck, like in those movies. Not even have sex. Just sleep together, in the most innocent sense of the phrase. But I lacked the courage and she had a boyfriend and I was gawky and she was gorgeous and I was hopessly boring and she was endlessly fascinating. So I walked back to my room and collapsed on the bottom bunk, thinking that if people were rain, I was drizzle and she was a hurricane."
Após alguma investigação, Kari descobriu que este trecho era deste livro, e eu descobri que ele custava apenas 17 reais, e comprei-o (um pra mim e outro pra ela, a quem devo ter conhecido essa preciosidade). Levou um bom tempo pra chegar ao Brasil, mas foi a melhor compra que eu poderia ter feito. Mal conheço os Estados Unidos, só estive duas vezes, por poucas horas, em Orlando, Florida. De qualquer forma, saber que John Green - e seu narrador, Miles "Pudge" Halter - cresceram lá, me fez ainda mais próximo do livro.
Eu me encantei com o trecho supracitado, e foi por ele que quis ler o "Alaska", embora antes nunca tivesse lido um livro inteiro em inglês (os direitos para a tradução foram comprados já, mas o livro ainda não saiu no Brasil). O primeiro romance de John Green merece todos os prêmios que conquistou. Dança suave e habilidosamente entre as amenidades da high school e a profundidade das grandes questões humanas. É difícil contar um pouco sem entregar o encanto da bela história, construída de personagens fortes e inesquecíveis, como The Colonel, The Eagle, Takumi, Lara, Pudge, e claro, Alaska Young, a musa que dá todo o sentido ao livro.
A começar pelo gosto de Miles pelas últimas palavras de pessoas conhecidas ("How will I ever get out of this labyrinth!" creditada por Gabriel García Márquez a Simón Bolívar), o que já o tornaria interessante, na sua narrativa, ingênua e poderosa, confusa e precisa, conhecemos os personagens que o circundam. E "Looking for Alaska" revela-se o que de melhor existe em termos de YA Books. É muito, mas muito mais que uma simples história de um grupo de amigos de um colégio interno do Alabama. Se pelo gosto de uma história bem escrita, se para treinar seu inglês, se para conhecer uma história despretenciosa e marcante, sugiro energicamente que leia "Looking for Alaska".
Outro dia, uma leitora disse aqui no Skoob, numa resenha do meu romance "Todas as estrelas do céu", que eu era uma espécie de Nicholas Sparks brasileiro. Adorei o título, mas devo admitir sem pudor: quando eu crescer, quero escrever como John Green.
Minha história com "Looking for Alaska" começa com Kari Aguiar, uma leitora do meu livro, que um belo dia postou o seguinte trecho na internet:
"'What did you say?'I asked, walking to her, putting my hand on the small of her back.
'Shhhh', she said. 'I'm sleeping.'
Just like that. From a hundred miles an hour to asleep in a nanosecond. I wanted so badly to lie down next to her on the couch, to wrap my arms around her and sleep. Not fuck, like in those movies. Not even have sex. Just sleep together, in the most innocent sense of the phrase. But I lacked the courage and she had a boyfriend and I was gawky and she was gorgeous and I was hopessly boring and she was endlessly fascinating. So I walked back to my room and collapsed on the bottom bunk, thinking that if people were rain, I was drizzle and she was a hurricane."
Após alguma investigação, Kari descobriu que este trecho era deste livro, e eu descobri que ele custava apenas 17 reais, e comprei-o (um pra mim e outro pra ela, a quem devo ter conhecido essa preciosidade). Levou um bom tempo pra chegar ao Brasil, mas foi a melhor compra que eu poderia ter feito. Mal conheço os Estados Unidos, só estive duas vezes, por poucas horas, em Orlando, Florida. De qualquer forma, saber que John Green - e seu narrador, Miles "Pudge" Halter - cresceram lá, me fez ainda mais próximo do livro.
Eu me encantei com o trecho supracitado, e foi por ele que quis ler o "Alaska", embora antes nunca tivesse lido um livro inteiro em inglês (os direitos para a tradução foram comprados já, mas o livro ainda não saiu no Brasil). O primeiro romance de John Green merece todos os prêmios que conquistou. Dança suave e habilidosamente entre as amenidades da high school e a profundidade das grandes questões humanas. É difícil contar um pouco sem entregar o encanto da bela história, construída de personagens fortes e inesquecíveis, como The Colonel, The Eagle, Takumi, Lara, Pudge, e claro, Alaska Young, a musa que dá todo o sentido ao livro.
A começar pelo gosto de Miles pelas últimas palavras de pessoas conhecidas ("How will I ever get out of this labyrinth!" creditada por Gabriel García Márquez a Simón Bolívar), o que já o tornaria interessante, na sua narrativa, ingênua e poderosa, confusa e precisa, conhecemos os personagens que o circundam. E "Looking for Alaska" revela-se o que de melhor existe em termos de YA Books. É muito, mas muito mais que uma simples história de um grupo de amigos de um colégio interno do Alabama. Se pelo gosto de uma história bem escrita, se para treinar seu inglês, se para conhecer uma história despretenciosa e marcante, sugiro energicamente que leia "Looking for Alaska".
Outro dia, uma leitora disse aqui no Skoob, numa resenha do meu romance "Todas as estrelas do céu", que eu era uma espécie de Nicholas Sparks brasileiro. Adorei o título, mas devo admitir sem pudor: quando eu crescer, quero escrever como John Green.
________________ resenha publicada no Skoob ------------------------------------
Pessoas queridas, meu blog anda beeeem largado. Bom, por hora, devo dizer, que além de voar MUITO, estou revisando o "Três Céus", trabalhando na divulgação e na segunda edição (!) do "Todas as estrelas do céu", preparando-me para continuar com o próximo livro, e namorando e dando atenção à minha família e amigos nos parcos intervalos destas fustigantes atividades. Por isso meu blog está às moscas. Mas o bom é que no twitter, estou sempre, então espero vcs lá! http://twitter.com/endersonrafael
Quanto às propostas de parceria, emails para livrotodasasestrelas@gmail.com que eu repasso pra editora.
Mas já aviso, estamos com nossa cota de divulgação completamente estourada, guardando a grande maioria dos brindes para os eventos. Em tempo, dia 1o de outubro (sexta) estarei representando o Novas Letras em Fortaleza, na Saraiva do Iguatemi, às 19h, dia 2 de outubro, sábado, às 17h, em São Paulo, na Saraiva do Pátio Paulista, com Tammy Luciano, Leila Rego e Kamila Denlescki, e dia 10, o Novas Letras chega ao DF, comigo e com Fernanda França na Saraiva do Pátio Brasil, às 16h. Espero vcs lá! Beijo enorme!
Enderson, eu gostei muito da resenha. A capa do livro é tão linda né? Gostei muito de verdade. Não conheia John Green ele parece ser um excelente escritor. Vai para minhas lista.
ResponderExcluirE P.s.: Adoro Nicholas..e querendo ou não eu acho que você tem uma "pegada" de Nicholas. srssrsr
Bjos,
Doida par ver você em Brasília.
ainda vende esse livro no brasil? qual o título?
ResponderExcluirEnderson Rafael,
ResponderExcluirse estiver intereçado gostaria de fazer uma parceria entre você e o meu blog >www.vida-de-garota-brasil.blogspot.com<
Se possível,gostaria de fazer resenha e/ou promoção.
Meu e-mail para resposta é:
vidadegarotabrasil@gmail.com
Att,
Lorena